Um estudo da Startup Genome estima que 9 em cada 10 startups falham. Neste artigo, vamos partilhar 7 dicas que vão ajudar a sua startup a fazer parte dos 10% que conseguem resistir.
Antes de começar, deve garantir que existe um mercado para o produto ou serviço que se está a criar. Outro passo essencial, é assegurar financiamento – por exemplo, através de Sociedades de Capital de Risco.
1. Garantir que existe procura
Qualquer startup começa com uma ideia para resolver um problema ou preencher uma lacuna no mercado, mas é essencial confirmar que a ideia funciona. Antes de avançar com qualquer projecto, deve-se fazer um estudo de mercado. Este tipo de pesquisa permite obter opiniões de consumidores reais sobre o interesse e viabilidade de um produto ou serviço. O estudo pode ser feito pela própria startup ou por empresas terceiras.
Num estudo de mercado, os participantes são questionados através de inquéritos, entrevistas coletivas (focus groups) ou sessões em que testam os serviços e produtos – regra geral, as pessoas são recompensadas financeiramente pelo tempo gasto. Os custos associados à realização levam algumas empresas a passar à frente desta etapa. No entanto, um estudo de mercado deve ser visto como um investimento no futuro de uma startup. Por vezes, há pequenas alterações no serviço ou produto que se está a desenvolver que podem aumentar o interesse dos consumidores.
2. Ter um plano para a sua startup
Qualquer startup de sucesso começa com um plano de negócios bem definido. Isto é um documento que detalha a premissa da startup, os objetivos financeiros e a forma de atingir essas metas – no fundo, é um roteiro do que a startup pretende fazer e como o pretende fazer. Tipicamente inclui a descrição da startup, o que se sabe sobre o mercado (por exemplo, quem são os clientes e empresas concorrentes), a gestão operacional, o plano de marketing e o plano financeiro. Um relatório de 2017 da Harvard Business Review conclui que startups com um plano de negócios têm 16% mais hipóteses de terem sucesso.
3. Obter o financiamento necessário
Para desenvolver planos, promover novos serviços e executar estudos de mercado, é preciso financiamento. Uma das hipóteses é recorrer a fundos de investimento de Sociedades de Capital de Risco que são sociedades anónimas com o objetivo de investir em empresas com forte potencial de crescimento e desenvolvimento. A participação destas entidades no capital das startups é temporária e minoritária.
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A Lince Capital é um exemplo de Sociedade de Capital de Risco que fornece acesso a uma vasta carteira de fundos de investimento focados em vários setores. Outras hipóteses incluem recorrer a crowdfunding (financiamento coletivo ou colaborativo), business angels ou empréstimos.
4. Conhecer a competição
Além de conhecer os clientes e os investidores, é fundamental conhecer as empresas rivais. Seja de forma direta ou indireta, existem sempre empresas concorrentes.
- Diretas: empresas ou startups que oferecem produtos ou serviços idênticos para um público-alvo semelhante.
- Secundárias: empresas ou startups que vendem produtos ou serviços semelhantes para um público diferente; por norma, a um preço diferente. Um serviço de take-away vegan e gourmet e um serviço de take-away de pizza são concorrentes secundários.
- Terciários: Empresas que vendem produtos ou serviços relacionados. Duas startups na área do desporto podem ser consideradas concorrentes terciárias. Estas empresas podem-se tornar concorrentes diretas se expandirem o seu negócio.
Depois de criar uma lista com potenciais concorrentes, deve-se analisar a forma como essas empresas promovem os seus negócios e como é que comunicam com os clientes. Isto permite perceber formas de destacar a startup que se está a criar do que já existe no mercado.
5. Investir na equipa
Na fase inicial de uma startup pode existir a tentação para os fundadores pouparem recursos ao acumular diversas tarefas. No entanto, ter uma equipa com profissionais de diferentes áreas (marketing, tecnologia, finanças, legislação) é essencial para o sucesso de uma empresa. Parte do financiamento deve ser usado para recrutar uma boa equipa.
6. Manter boas relações com os clientes
Depois de se lançar um produto de sucesso, uma das chaves é garantir a lealdade dos clientes. Uma das formas de conseguir isto é através de inquéritos em que os clientes podem partilhar a sua opinião sobre os serviços ou produtos que adquirem de uma startup. É importante ser flexível: deve-se estar disposto a receber críticas construtivas e fazer alterações quando necessário.
7. Não complicar
Quanto mais simples a ideia de um produto for, mais fácil é apresentar o projeto a investidores e clientes. Na fase inicial o foco deve ser perceber o mercado, obter financiamento e investir no networking.
As dicas acima são úteis para quem quer criar uma startup de sucesso em Portugal e para quem está à procura de negócios com potencial para crescer.
A Lince Capital
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