O capital inicial de uma startup refere-se ao dinheiro angariado a fim de cobrir os custos iniciais do negócio. Este artigo identifica algumas das principais fontes de capital inicial disponíveis para startups em Portugal.
7 formas de obter financiamento para startups em Portugal
1. Fundos de Investimento – Sociedades de Capital de Risco
As Sociedades de Capital de Risco (SCR) são sociedades anónimas com o objetivo de investir em empresas com forte potencial de crescimento e desenvolvimento. A participação destas entidades no capital das startups é temporária (até sete anos, em média) e minoritária. O apoio tende a ser superior ao que um Business Angel pode fornecer porque os fundos vêm de múltiplos investidores, bancos de investimento e outras instituições financeiras.
2. Bootstrapping
Diz-se que uma startup recorre a bootstrapping (apertar as botas, em português) quando depende das finanças pessoais dos fundadores ou das receitas operacionais. Ou seja, quando não há financiamento externo. A vantagem é que os empresários mantêm o controlo de todas as decisões da startup. A desvantagem é que o método pode trazer riscos financeiros desnecessários e pode não proporcionar investimento inicial suficiente para uma empresa evoluir e se tornar rentável a um ritmo razoável.
3. Business Angels
Business Angels são indivíduos que usam os seus próprios fundos para investir em startups em troca de uma participação minoritária na empresa. A expressão vem do inglês “investidor anjo”. Por norma são empresários de sucesso, com capital suficiente para apostar em novos projetos. Além de fornecer capital inicial, um Business Angel tende a contribuir com a sua experiência e rede de negócios.
Esta é uma forma das startups obterem capital seed (capital semente) – financiamento inicial fornecido por investidores privados, por norma, em troca de uma participação no capital da empresa (equity stake, em inglês).
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4. Crowdfunding
O crowdfunding (financiamento coletivo ou colaborativo) é a utilização de pequenos montantes de capital de um grande número de indivíduos para financiar projetos. É uma boa forma de validar ideias e divulgar novos projetos. Existem quatro formatos principais:
- Donativo: os utilizadores doam pequenas quantias de dinheiro sem hipótese de receberem qualquer retorno financeiro ou material.
- Recompensa: os utilizadores doam com expectativas de receber recompensas não financeiras (bens ou serviços) numa fase posterior.
- Empréstimo: os utilizadores financiam projetos com o entendimento de que o dinheiro será reembolsado – frequentemente com juros.
- Capital: os utilizadores financiam projetos em troca de uma parte do capital da empresa. Em inglês é conhecido por equity crowdfunding.
5. Competições
As competições para startups são uma forma de obter financiamento direto e expor ideias de negócio a potenciais investidores. As opções para startups em Portugal incluem:
- PITCH da Web Summit: ocorre anualmente durante a cimeira tecnológica Web Summit, em Lisboa. As três startups finalistas apresentam projetos no palco principal da feira: em 2021, o evento reuniu mais de oito centenas de investidores.
- Prémio Jovem Empreendedor da ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários) que se destina a candidatos com idades compreendidas entre os 18 e 40 anos.
6. Crédito e microcrédito
É possível obter capital inicial para uma startup em Portugal através de um empréstimo bancário. Isto é uma opção mais tradicional que depende da análise das taxas de juros, comissões e garantias necessárias. Caso isto não seja uma opção, por falta de rendimentos ou garantias, pode-se recorrer ao microcrédito.
Como o nome indica, o microcrédito é um empréstimo de pequeno valor direcionado a negócios. Em Portugal, o montante máximo de financiamento são 25 mil euros, como indicado pelo Banco de Portugal. Uma das formas de obter microcrédito é através da Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) que disponibiliza um máximo de 15 mil euros. Para recorrer à ANDC deve-se possuir uma ideia de negócio viável, estar desempregado (ou não ter emprego estável), não ter a possibilidade de obter crédito bancário pelas vias normais, e não ter dívidas registadas no Banco de Portugal.
7. Incubadoras
Uma incubadora é uma organização que se dedica ao fomento de startups em fase inicial até que as empresas tenham recursos para funcionar por conta própria. O objetivo é acelerar a rentabilidade e o sucesso dos projetos ao fornecer espaço de escritório, mentoria, e oportunidades de networking. Por norma, uma incubadora também ajuda a encontrar investidores.
Enquanto as incubadoras focam-se em startups que ainda não têm um modelo de negócios desenvolvido, as aceleradoras focam-se em empresas que já têm produtos viáveis.
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