Venture Capital (Capital de Risco) é um tipo de financiamento que envolve investimentos em negócios emergentes e com alto potencial de crescimento. As empresas que recebem esse tipo de investimento são geralmente startups que possuem um modelo de negócio inovador e disruptivo, com potencial de expansão a curto prazo.
Para as empresas, o Venture Capital é uma forma de financiamento. Para os investidores, é uma forma de investir em empresas em fase de arranque e conseguir uma valorização dos seus recursos no longo prazo. Por vezes, Venture Capital (VC) surge como sinónimo das empresas legalmente constituídas (SCR – Sociedades de Capital de Risco) que têm como objetivo principal investir em startups.
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Neste artigo detalhamos como funciona a atividade de venture capital e qual o processo para uma startup receber este apoio. O financiamento às empresas através do capital de risco realiza-se com recurso a capitais próprios. Há três opções:
Venture Capital ou Sociedade de Capital de Risco (SCR)
Uma Venture Capital é uma empresa legalmente constituída que tem como missão apoiar empresas emergentes e com alto potencial de crescimento. Estas empresas tendem a ser descritas pela expressão inglesa Venture Capital (VC). São compostas por um grupo de investidores (acionistas ou sócios), que fornecem o capital necessário. Por norma, as SCR têm objetivos a longo prazo, procurando diferentes investimentos ao longo do tempo, e incluem uma equipa de profissionais especializados em análise de investimentos e suporte às empresas investidas. A Lince Capital é um exemplo de SCR.
Fundos de Capital de Risco (FCR):
Tal como uma SCR, um FCR é um veículo de investimento que reúne o capital de vários investidores com o objetivo de investir em empresas emergentes. A diferença é que os FCR são tipicamente estruturados em torno de um propósito e prazo específico. A gestão pode ser exercida por uma sociedade de capital de risco, bancos de investimento, e outras entidades que estão legalmente habilitadas a gerir estes fundos.
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Business Angels
São indivíduos que usam os seus próprios fundos para investir em startups em troca de uma participação minoritária nas empresas. A expressão vem do inglês “investidor anjo”. Por norma são empresários de sucesso, com capital suficiente para apostar em novos projetos.
Em Portugal, as sociedades de capital de risco, bem como a constituição de fundos de capital de risco e o início de atividade dos investidores em capital de risco, dependem de um registo prévio na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que regula o sector.
Mercado em Portugal
Em 2021, além da Lince Capital, havia 65 sociedades de capital de risco (SCR), registadas em Portugal. Os dados surgem no mais recente relatório sobre a atividade de capital de risco da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que foi publicado no final de 2022. Já o número de participantes nos fundos de capital de risco cresceu cerca de 84% em relação a 2020, para um total de 7921 participantes.
Como é que uma SCR escolhe os seus investimentos?
Os passos de investimento numa Venture Capital tendem a envolver as seguintes etapas:
1 – Pesquisa inicial: Uma SCR analisa o mercado de startups para identificar oportunidades de investimento. Em geral, durante a pesquisa inicial/análise de mercado, uma VC procura startups com:
- Mercados maiores: Startups com um produto original e um público alvo maior tendem a gerar mais interesse. Uma VC quer que as empresas que apoia consigam lançar um produto ou serviço antes que concorrentes entrem no mercado;
- Produtos originais: Uma VC procura empresas que ofereçam uma solução para um problema real que ainda não tenha sido resolvido por outras empresas no mercado;
- Líderes experientes: As empresas que procuram investimento via VC devem ser capazes de fornecer uma lista de pessoas experientes e qualificadas que desempenham papéis centrais na empresa. Além do produto e serviço, as SCR investem numa equipa e na sua capacidade de executar o plano de negócios.
2 – Due diligence: Após identificar uma empresa interessante, a SCR conduz uma análise aprofundada, conhecida como “due diligence” (verificação prévia, em português). É nesta etapa que se analisam detalhes financeiros, legais, operacionais e estratégicos da empresa-alvo. Este processo tem como objetivo avaliar a viabilidade do investimento. A probabilidade de a empresa enfrentar bloqueios legais devido aos seus produtos e serviços é uma das principais questões a considerar.
3 – Negociação: Se a SCR estiver satisfeita com os resultados do processo de due diligence, começam as negociações das condições de investimento. Estas discussões incluem a avaliação do valor da empresa (valuation, em inglês), a percentagem de participação acionária que a Venture Capital vai receber, e os direitos e obrigações de cada uma das partes.
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4 – Investimento e apoio: Após chegar a um acordo sobre os termos, a Venture Capital realiza o investimento na empresa selecionada. Após o investimento, a SCR desempenha um papel ativo no apoio à empresa investida para aumentar a probabilidade do seu sucesso. Isto inclui a nomeação de representantes da SCR para o conselho de administração da empresa.
5 – Saída do investimento: O objetivo de uma VC ou SCR é obter retornos financeiros. Por norma, esses retornos são alcançados por meio da venda das participações acionárias em momentos estratégicos, como durante a oferta pública inicial (Initial Public Offering – IPO, em inglês). Este é o processo pelo qual uma empresa de capital fechado disponibiliza as suas ações a investidores públicos pela primeira vez através da bolsa de valores.
Sobre a Lince Capital
A Lince Capital, SCR, S.A. é uma Sociedade de Capital de Risco (SCR) com mais de 30 anos de experiência que atua na constituição e gestão de fundos de capital de risco e fundos de investimento especializado. O conhecimento adquirido ao longo dos anos, permite aos gestores da empresa compreender e detetar oportunidades em novas áreas de negócio. A Lince Capital está registada e é regulamentada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), com a licença PT.135.267.